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Dinizismo é psicodelia

UOL

18 Abril 2023

Nino comemora gol do Fluminense sobre o The Strongest em duelo da Libertadores / Imagem: Jorge Rodrigues/AGIF

Críticos dirão que é exagero. Que estou tomada por hipérboles. Que enlouqueci.

Pois insisto: o Dinizismo abre nossos portais da percepção (salve Aldous Huxley).

Dinizismo é uma forma de sentir o jogo mais do que jogar ou analisar o jogo.

Dinizismo não fala de números, passes certos, assistências e nem mesmo de percentual de posse de bola.

Esqueçam as objetividades.

Fechem os olhos e sintam.

É a massa em transe na arquibancada.

Escutaram?

É aquela cena de Guerra nas Estrelas em que Luke Skywalker é orientado a desligar as máquinas e seguir a intuição.

É o sagrado diálogo entre time e torcida.

É movimento, deslocamento, criatividade.

É a insistência pelo gol a despeito do placar.

É pura meditação: viver no presente, nesse instante, nas múltiplas camadas do agora.

É anti-ChatGPT, anti-algoritmo, anti-sistema.

É toque de bola.

É Brasil — o Brasil das frestas, do samba, da capoeira, das rezadeiras, dos terreiros.

Podem tentar explicar quanto quiserem.

Tentem colocar em dados, planilhas.

Falem de performance, processos, gestão. Acabem-se na busca de colocá-lo em uma caixa e rotulá-lo.

Quem entendeu o Dinizismo não sabe explicá-lo.

Quem sabe explicá-lo não entendeu.

Wabi Sabi.

Futebol a gente não vê; futebol a gente sente (salve Sergio Vaz).

Foi só um a zero contra o fraco The Strongest, dirão os fixados nas objetividades.

Esqueçam o placar: foi muito mais do que isso.

Foi amor em estado puro.

Vida longa ao Dinizismo.

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